A importância de implementar uma noção de lusofonia na educação cultural e cívica em Portugal, argumentada por alguns músicos oriundos de países ‘lusófonos’ em Lisboa

Bart Paul Vanspauwen

Resumo


Abordando a música como um ponto de conexão social numa cidade pós-colonial onde empreendedores culturais utilizam o termo político de lusofonia, busco compreender como alguns músicos migrantes oriundos de países ‘lusófonos’ em Lisboa interagem neste processo, aos níveis de comunidade, associações voluntárias e instituições governamentais. De maneira geral, a minha pesquisa mostra uma falta de reconhecimento pela contribuição de músicos migrantes de língua portuguesa à cultura expressiva de Lisboa. Surpreendentemente, muitos se não todos os entrevistados, vêem alguma futura relevância no conceito de lusofonia. Eles apelam para instituições supranacionais – como a CPLP – e para os governos nacionais, pedindo apoio estrutural para promover e divulgar toda a cultura expressiva de países de língua portuguesa, e indicando que as músicas migratórias destes países devem ser consideradas como parte integral da história cultural e do patrimônio de Portugal.

Palavras-chave


Lusofonia, música, migração, política cultural, pós-colonialismo.

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho

Anuário Internacional de Comunicação Lusófona
ISSN 1807-9474