Narrativas identitárias e memórias pós-coloniais: uma análise da série documental Eu Sou África
Resumo
Durante o século passado, o filme e o vídeo converteram-se em importantes documentos inspiradores da memória coletiva, tornando-se neste século uma fonte cada vez mais relevante de evidências e de reflexões históricas. As memórias autobiográficas, em filme ou em vídeo, podem constituir um meio de (des)construção das nossas interpretações sobre os acontecimentos históricos, contribuindo assim para a luta contra as injustiças da nossa memória do passado.
Com o propósito de desconstruir essas interpretações, propusemo-nos analisar a série documental Eu Sou África. Constituída por dez episódios, Eu sou África dá a palavra a dez cidadãos – dois de cada um dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP): Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe – com intervenção cívica significativa para o desenvolvimento das nações nas quais nasceram e vivem.
Os resultados desta investigação evidenciaram a organização das narrativas dos dez entrevistados em três temas centrais: as perceções sobre os significados da independência, que envolvem as representações dos atores envolvidos sobre o processo de (des)colonização e o modo como o vivenciaram; as perceções sobre a diversidade cultural e linguística nos seus países; e, finalmente, os discursos associados à (re)construção das identidades nacionais.
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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho
Anuário Internacional de Comunicação Lusófona
ISSN 1807-9474