A república das letras e o colégio invisível: figuras modernas das redes científicas na Era da internet

Paulo Serra

Resumo


A natureza reticular está longe de ser uma caraterística acessória da ciência. De facto, podemos mesmo ver na feição relacional e comunicacional da ciência a sua característica essencial, de que dependem as outras: a verdade intersubjetiva, a disciplina do método, o rigor da prova. Nesse sentido, as atuais redes telemáticas vieram colocar (ainda mais) em evidência aquilo que já era de há muito reconhecido em figuras modernas como as da “república das letras” e do “colégio invisível”, cuja formulação é atribuída, respetivamente, a Francesco Barbaro, no século XV, e a Robert Boyle, no século XVII. Assim, depois do apagamento nacionalista que caracterizou a ciência no decurso dos séculos XIX e XXI, começa hoje a ressurgir a ideia de uma ciência em rede, colaborativa e global, resultante da iniciativa e do trabalho conjunto de cientistas de muitas perspetivas, muitas línguas e muitas partes do mundo.

Palavras-chave


Redes científicas; República das Letras; Colégio Invisível; internet

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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho