RESUMOS |
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Sessão Temática: 2. Teorías e Metodologias | ||||
Autor:
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Francisco Rudiger | |||
Instituição:
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Pontifícia Universidade Católica do Rio G. do Sul | |||
Dados Curriculares: |
Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, leciona nos Programas de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil). Publicou, recentemente, "Literatura de auto-ajuda e individualismo" (1996), "Introdução à teoria da comunicação" (1998) e "Comunicação e teoria crítica da sociedade" (1999). Interessa-se especialmente por tópicos de sociologia da cultura, teoria da comunicação, teoria social crítica e história das ideias. Actualmente investiga o significado das novas tecnologias na formação da subjectividade contemporânea. | |||
Título:
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Subjectividade e novas tecnologias de comunicação - Elementos para a crítica do pensamento contemporâneo | |||
Resumo:
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Desde Descartes, a subjetividade humana vem sendo entendida como uma substância pensante, caracterizada pela constância, unidade e isolamento, à qual se opõe o corpo e o mundo. Desenvolveu-se a consciência de possuirmos um eu separado, rígido e distinto, formado de dentro, a partir do confronto com os outros seres e pessoas. Os recentíssimos progressos tecnológicos verificados com o aparecimento das máquinas geradoras de uma rede ou esfera pública virtual estimularam o surgimento de uma reflexão teórica em que esses pressupostos passaram a ser profundamente questionados. Para seus porta-vozes, as novíssimas tecnologias de comunicação vêm promovendo uma multiplicação de contactos e conhecimentos que as projeta em uma segunda fase, na qual "os sujeitos estariam a se tornar cada vez mais instáveis, múltiplos e difusos" como dizem Kenneth Gergen (1991) e Mark Poster (1995). O presente relato questiona as principais correntes de reflexão teórica que vêm pensando o significado das referidas tecnologias no processo de formação da subjetividade contemporânea e, baseando-se em elementos fornecidos pelas pesquisas que procuram trabalhá-las empiricamente, tanto quanto na crítica às suas dificuldade intrínsecas, defende a necessidade de relativizar o descentramento do sujeito moderno que, segundo boa parte dessas correntes, é promovido ou radicalizado com nosso ingresso na era da esfera pública virtual. |