RESUMOS |
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Sessão Temática: 7. Educação e Comunicação | ||||
Autor:
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Isabel Calado |
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Instituição:
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Escola Superior de Educação de Coimbra |
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Dados Curriculares: |
Licenciou-se em História na FLUC e, em 1991, concluiu o Mestrado em Psicologia da Educação na FPCE da mesma Universidade. É actualmente professora adjunta da Escola Superior de Educação de Coimbra e membro do seu Conselho Científico. É sócia da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação, da Associação de Escolas Superiores de Educação e da Associação Educação dos Media. Com estudos publicados no domínio da espistemologia das ciências humanas, da psicologia da adolescência, do desenvolvimento curricular, da informática no ensino e da utilização escolar dos audiovisuais, é a problemática da Imagem Pedagógica - perspectivada na óptica da Educação para os Media - que acima de tudo tem mobilizado o seu interesse e orientação formativa. É autora de uma obra publicada em 1994 pela Porto Editora, na colecção "Mundo de Saberes", com o título A Utilização Educativa das Imagens. Encontra-se a desenvolver uma tese de doutoramento na área das Ciências da Comunicação - especialidade de História e Teorias da Imagem da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. |
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Título:
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Algumas perguntas da educação face às modernas visualidades |
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Resumo:
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O primeiro objectivo desta comunicação é levantar algumas interrogações sobre a pluralidade de imagens que nos são dadas a ver na iconosfera actual. No trajecto que vai das imagens ontológicas e indiciais (chamemos-lhes "imagens pictográficas": das artes gráficas tradicionais, da fotografia e do cinema a que alguns chamam "maduro"), às imagens imateriais (procedentes em grande parte da lógica rítmica e sequencial, veloz e aleatória da videografia e em geral da electrónica), emergiu um clima visual marcado pela complexidade narrativa, por uma estética centrada nos procedimentos e pela abundância, por vezes mesmo pelo excesso. É a imagem-velocidade, guiada acima de tudo pela razão instrumental da electrónica computacional, que marca hoje, consideravelmente, o actual panorama imagético. Transmutou-se também a propriedade das imagens: elas já não são o exclusivo dos artistas, mas desempenham funções cívicas e sociais, que se acrescentam à sua tradicional dimensão estética. A imagem democratizou-se. E, neste processo, a imagem adquiriu, em grande medida, o estatuto de uma virtualidade (hiper-realista). Que dúvidas, que sobressaltos, que desafios coloca esta situação aos educadores? |