Aquilo de que não se fala, não existe. Um estudo de caso sobre a Censura ao teatro no período salazarista
Resumo
Tomando como base os processos de censura teatral originados no Secretariado Nacional de Informação — que hoje encontram-se no Instituto dos Arquivos Nacionais/ Torre do Tombo — e o conteúdo impresso nos principais jornais diários da cidade do Porto, o objectivo deste trabalho é delinear as relações de poder que estruturaram a prática censória no teatro e na imprensa em Portugal. A partir de um estudo de caso — a peça A Promessa, de Bernardo Santareno, de 1957 — essa investigação, fixando-se no território da estrutura simbólica da língua portuguesa, procurou detectar a influência da Igreja Católica junto aos censores e à opinião pública frente a conteúdos delicados do ponto de vista da moral da época. Esse estudo evidencia que, mesmo no contexto de regimes totalitários nos quais ainformação é quase que totalmente negada à população, ainda é capaz de existir prova documental de algum tipo de manifestação pública, seja ela pró ou contra os interesses do regime.
Palavras-chave
Censura, Teatro, Estado Novo, Imprensa, Opinião Pública.
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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho
Anuário Internacional de Comunicação Lusófona
ISSN 1807-9474