Mundos confluentes? Representações da arte africana contemporânea no ocidente

Celso Martins

Resumo


Ainda que a primeira fase da globalização tenha ocorrido há mais de 500 anos com a expansão portuguesa e espanhola, as relações entre o Ocidente e o antigo mundo colonial asiático e africano só se tornaram aproximadamente paritárias, do ponto de vista político e económico, na segunda metade do século XX com o evento das descolonizações a partir do final dos anos 1940; com a emergência, primeiro dos grandes potentados económicos asiáticos, Japão e Coreia do Sul nos anos 1980, e bem mais recentemente com a chegada da China e do Brasil ao estatuto de potências de primeira linha ou de países como Angola ao estado de potência regional com interesses neo-coloniais em Portugal e na Europa.
O objetivo deste texto é lançar algumas pistas de reflexão sobre o impacto destas transformações e reconfigurações na produção artística de algumas dessas nações mas, sobretudo, entender o que mudou no modo como essa produção simbólica é percecionada no ocidente e que impacto a visibilidade recente da arte africana encontrou no campo da chamada arte contemporânea mundial.
Limitar-nos-emos ao caso africano, já de si extenso e variado, como modelo histórico específico de colonização e descolonização, não replicável em qualquer outro contexto.

Palavras-chave


Arte; África; globalização; contemporaneidade

Texto Completo:

PDF


...............................................................................................................

.:: LASICS ::.
Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho