Nómadas digitais e a era dos sujeitos móveis: questões de mobilidade, comunicação e trabalho num estilo de vida location independent

Patrícia Matos

Resumo


Este artigo propõe que o surgimento desse estilo de vida a partir da construção de uma identidade global de trabalhador corresponderia às demandas do estágio atual do capitalismo (Bauman, 1998; Sennet, 2011), quais sejam, flexibilidade, adaptabilidade e fluidez, culminando em um apelo ao nomadismo (Maffesoli, 2001). Investiga-se também como as viagens permanentes que os nômades digitais buscam seriam uma resposta à ênfase na liberdade de escolha e à natureza efêmera da sociedade de consumo contemporânea (Lipovetsky, 2007), além de evidenciar características próprias da modernidade líquida (Bauman, 1999) ou condição pós-moderna (Harvey, 1989). Busca-se descobrir, então, que tipo de trabalhador (e, consequentemente, de consumidor) emerge dessa paisagem subjetiva e como a mobilidade se converte em privilégio na contemporaneidade em um momento em que os fluxos migratórios e as noções de lugar e fronteira vêm sendo amplamente discutidos pelo mundo ocidental.

Palavras-chave


Mobilidade; globalização; cultura digital; nomadismo

Texto Completo:

PDF


...............................................................................................................

.:: LASICS ::.
Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho