A arte urbana e os lugares do habitar. Up There, o caso da intervenção de Katre no Bairro de Carcavelos

Helena Pires

Resumo


O graffiti é frequentemente discutido enquanto prática subversiva de agenciamento de identidades, em contra-corrente com a ordem estabelecida, enquanto campo de forças e de luta simbólica pela apropriação do espaço urbano, lugar de expressão das sub-culturas, prática de enunciação e de re-criação do imaginário coletivo, instância de novas socialidades (Campos, 2010, 2013; Ferrel, 1996; Hebdige, 2005; Pais, 2003; Pescio, 2015; Rose, 2005).
Menos usuais são os estudos sobre o graffiti re-centrados nos contextos pragmáticos de enunciação discursiva concretos, nas circunstâncias espacio-temporais específicas, de onde essas mesmas enunciações edificam espaçamentos, ou, em síntese, na pesquisa aprofundada das formas de comunicação, nomeadamente as visuais, potenciadoras de modos particulares, individuais e coletivos, do habitar (Heidegger).
Este capítulo tem como propósito, precisamente, analisar as práticas discursivas de arquitetura semiósica (Peirce) agenciada pela arte urbana, num dado contexto espácio-temporal. Para tal, propõe-se como objeto de pesquisa o caso Up There, um projeto de arte urbana implementado na cidade de Matosinhos, com incidência na intervenção do artista Katre, no Bairro de Carcavelos.

Palavras-chave


Graffiti/arte urbana; habitar; Up There

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