Cultura e Democracia: pensando a relação a partir do jogo tensional entre Estado e Sociedade Civil
Resumo
Postulando um horizonte de indeterminação como solo em que se deixa enraizar a relação entre cultura e democracia, este trabalho pretende explorar sistematicamente a possibilidade de encontrarmos na própria ideia de democracia um dos estabilizadores de sentido para o conceito de cultura, a ser procedente a leitura de que há nele uma necessidade premente de permanência e de estabilidade. Ao restringirmos metodologicamente a democracia à sua compreensão de regime político e forma de governo cuja expressão orgânica se projeta num Estado, este último assume-se como um fator adicional de determinação a considerar nesta relação dialógica com a cultura, obrigando-nos a ponderar os seus limites, endógeno e exógeno. Esse será terreno fértil para explorar um novo ângulo de análise: a relação entre cultura e democracia, que é aqui, como foi dito, o problema da relação entre o Estado democrático e a cultura, poderá agora ser apreciada em toda a sua extensão a partir da clássica relação entre Estado e Sociedade Civil. No perímetro dessa relação, a intuição de que a cultura permitirá encontrar alguma forma de síntese para o permanente jogo tensional entre Estado e Sociedade Civil será colocada à prova, com pretendidos benefícios para a compreensão da relação, aqui explicitamente convocada, entre cultura e democracia.
Palavras-chave
Cultura; democracia; Estado; Sociedade Civil
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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho