A Indústria de Defesa Nacional no contexto da Transformação do Mercado de Defesa Global

Luís Miguel da Vinha

Resumo


                A Guerra Fria (1947 – 1989) foi responsável pela formação e consolidação de um complexo militar-industrial que levou vários Estados a dispor de uma elevada capacidade de produção militar, que não tinha precedentes históricos em termos de intensidade e longevidade. Por sua vez, o seu término deu origem a um processo de consolidação que reestruturou profundamente o mercado de defesa internacional. A adaptação a este novo cenário tem revelado divergências de país para país. Os Estados Unidos da América (EUA) têm liderado esta reestruturação, obrigando a Europa a comprometer-se de forma consequente com a sua própria segurança e defesa.Neste contexto, Portugal apresenta uma indústria de defesa muito reduzida e cuja reestruturação está numa fase embrionária. A capacidade de inovação do sector é globalmente positiva, com especial destaque para os segmentos associados às tecnologias de informação e comunicação e à electrónica. Algumas empresas revelam estratégias bem conseguidas, sendo referências no contexto nacional, tanto no sector da defesa como no sector civil. Todavia, a indústria de defesa nacional ainda apresenta alguns problemas que são necessários encarar de frente, nomeadamente no que concerne à sua consolidação. Neste sentido, é de todo o interesse apoiar e promover um mega cluster ligado à Área Funcional da segurança e defesa em Portugal. Procura-se, desta forma, aplicar uma perspectiva que tenciona tratar todo o tecido industrial e infra-estrutura civil como parte integral da capacidade de defesa nacional.

Palavras-chave


Cluster; Consolidação industrial; Indústria de defesa; Inovação; Revolução militar em curso

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Geo-Working Papers
ISSN: 1645-9369  .  ISSN (on-line): 1647-595X

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