Ativismo feminista no Facebook: uma análise comparada das páginas Não me Kahlo (Brasil) e Capazes (Portugal)
Resumo
Na atual terceira vaga do feminismo, as ferramentas digitais são utilizadas para promover a causa, evidenciando sentimentos de pertença e partilha e propondo novas representações sobre o papel social da mulher. Este artigo analisou de forma comparada o perfil no Facebook das páginas feministas brasileira e portuguesa com maior número de seguidores em março de 2016, respetivamente a Não me Kahlo (534 mil “curtidas”) e a Capazes (145 mil “gostos”). Utilizamos a ferramenta Netvizz para mapear o conteúdo e coletar dados sobre as interações nas páginas. Identificamos as temáticas agendadas nos posts com especial atenção ao Dia da Mulher, 8 de março, para uma análise das representações expressas nos discursos destas páginas. Os resultados sublinham as semelhanças e as diferenças nas temáticas abordadas em função das características das páginas e do contexto dos países. Em Portugal, os direitos das mulheres e da comunidade LGBT têm vindo a ser sedimentados pela legislação e gradualmente aceites socialmente. No Brasil, ainda se luta por avanços numa legislação conservadora em temáticas como a interrupção da gravidez e a união civil de homossexuais, sendo a violência de género uma preocupação central.
Palavras-chave
Feminismo; ciberativismo; Facebook; Brasil e Portugal
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Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS)
Universidade do Minho