Prazo estendido para submissão de propostas ao V Congresso Internacional sobre Culturas

A chamada de trabalhos para o V Congresso Internacional sobre Culturas com o tema Que cultura(s) para o século XXI? foi prorrogado até dia 30 de junho de 2019.

O Congresso será realizado de 6 a 8 de novembro de 2019, na Universidade da Beira Interior, na Covilhã – Portugal, e conta com a parceria do projeto Cultures Past & Present –  Memórias, culturas e identidades: o passado e o presente das relações interculturais em Moçambique e Portugal.

Serão bem acolhidas as propostas de comunicação que se inscrevam no horizonte dos seguintes grupos de trabalho temáticos:

  • Comunicar Cultura
  • Projeto das Capitais Europeias da Cultura (CEC)
  • Cultura e expressões artísticas
  • Cultura, moda e estilos de vida
  • Modalidades de consumo na cultura contemporânea
  • Cultura, ambiente e desenvolvimento
  • Cultura e lusofonias
  • Cultura, género e sexualidade
  • Economias da cultura e economias criativas
  • Cultura, democracia e cidadania
  • Culturas, redes e digitalidades
  • Políticas e Gestão da cultura e da comunicação
  • Universidade, Conhecimento e Cultura

As propostas de comunicação poderão ser submetidas em Português, Inglês ou Francês.

Para mais informações sobre o evento e submissões acesse o website.

Seminário “A Lusofonia enquanto olhar pós-colonial”

O Seminário Permanente de Estudos Pós-Coloniais realiza no dia 17 de junho, pelas 14h30, na Sala de Atos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, o seminário “A Lusofonia enquanto olhar pós-colonial: ranço colonial ou possibilidade intercultural?”, com o investigador Vítor de Sousa.

O investigador do CECS explica que “a lusofonia é uma palavra que surge na dicionarização de referência em 1950, derivando de «francophonie». Lusófono deve ter-se inventado, antes, por analogia com o francês «francofone», que data de 1949 (…). A lusofonia é uma palavra que surge na dicionarização de referência em 1950”.

“A meu ver, ao contrário de ‘portugalidade’, que é marcadamente colonial, tendo a palavra sido mesmo cunhada entre os anos 50 e 60 do século XX, em pleno Estado Novo, a lusofonia é um conceito pós-colonial. É por isso que ligar um termo ao outro constitui um contrassenso (Sousa, 2014, 2015, 2017), já que a lusofonia não pode ser encarada, sob qualquer circunstância, com ‘portugalidade’, devido à associação ao slogan «Portugal do Minho a Timor»”, explica Vítor de Sousa.

“A lusofonia encerra, no entanto, algumas clivagens e, não obstante se afirmar que já tudo foi escrito, faltando apenas colocá-la em prática (Real, 2012), o termo não é consensual”, refere o investigador, alertando para o facto de que “deixar de considerar as diferenças entre histórias coloniais e processos de colonização pode levar a impor sobre um povo a narrativa pós-colonial de um outro tornando assim esse povo ainda mais invisível”.

O Seminário Permanente de Estudos Pós-Coloniais procura estabelecer um diálogo com o passado, não apenas num sentido textual e teórico, mas chamando e convocando vozes reais que ajudam a dialogar com as experiências coloniais e a sua reflexão no tempo pós-colonial das nossas sociedades globais. Assente numa dinâmica intercultural, resulta de uma parceria entre o CECS, o Mestrado em Sociologia da Universidade do Minho e o Projeto EXCHANGE.

“A ditadura portuguesa. Testemunho de presos políticos no filme 48”

No próximo dia 6 de junho, pelas 11h45, a investigadora Isabel Macedo ministrará a sessão “A ditadura portuguesa. Testemunho de presos políticos no filme 48” na Escola Carlos Amarante, em Braga. Será apresentado aos estudantes um excerto do filme 48, de Susana de Sousa Dias, seguindo-se um espaço para discussão do mesmo.


A atividade é uma ação conjunta do Museu Virtual da Lusofonia e do Agrupamento de Escolas Carlos Amarante, no âmbito do Plano Nacional de Cinema e do projeto Cientificamente Provável, aos quais o CECS se associou.