O ano de inflexão da imprensa alemã

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quapan (CC BY 2.0)

Na Alemanha, as quebras publicitárias na imprensa estão a atingir os dois digitos, vários pontos acima do que acontece nos Estados Unidos. Dois dos principais jornais do país, sediados em Hamburgo e Berlim, acabam de ser vendidos pela maior editora de propriedade pública da Europa, Axel Springer. Os principais jornais discutem a questão de poderem vir a funcionar sem publicidade, confiando quase inteiramente nas receitas provenientes dos leitores.

Fonte: Nieman Journalism Lab

Jornal mais antigo do mundo só vai ter edição online

O Lloyd’s List, o jornal mais antigo do mundo, criado em 1734, vai passar a estar disponível apenas online, a partir de Dezembro. De acordo com fontes do jornal britânico, menos de 2% dos seus leitores lêem a edição em papel.

Tal como outros jornais, o Lloyd’s List começou por ser uma folha de jornal pendurada na parede com informações sobre a indústria naval e horários das embarcações.

Mais de 270 anos depois, o objectivo do Lloyd’s List continua a ser o mesmo, apenas mudou a tecnologia.

A edição online, a única que aumentou o número de leitores e que apresenta alguma rentabilidade. Actualmente, o jornal tem 16.600 subscritores, segundo o Financial Times.

Fonte: Público

RIPTIDE: Um projecto que explora as mudanças no jornalismo

Captura-de-pantalla-2013-09-09-a-las-15.57.52A Universidade de Harvard tem em curso um projecto, RIPTIDE, que visa reunir os testemunhos de alguns dos mais importantes directores, editores e jornalistas para explicar as mudanças desta profissão.

Parte do objectivo desta iniciativa do Nieman Journalism Lab de Harvard, é explicar quando e como o destaque que tinham os Hearsts, os Pulitzers, os Sulzberger, os Graham, os Chandlers, os Coxes, e outras famílias responsáveis pelo negócio de notícias, foi ultrapassado por Gates, Page e Brin e Schmidt, Zuckerberg, Bezos, Case, e Jobs.

Três veteranos do jornalismo e dos meios de comunicação nos Estados Unidos, John Huey, Martin Nisenholtz, e Paul Sagan entrevistaram dezenas de pessoas que desempenharam importantes papéis na intersecção dos media e da tecnologia.

“Riptide é o resultado: mais de 50 horas de entrevistas em vídeo e um ensaio narrativo que descreve a evolução dos meios digitais desde as primeiras experiências até aos dias de hoje. O que realmente aconteceu com o negócio das notícias”, diz a introdução deste projecto.

Fonte: Nieman Lab

Os jornais podem estar a morrer, mas não foi a Internet que os matou

velo_city (CC BY-NC-ND 2.0)

velo_city (CC BY-NC-ND 2.0)

George Brock, professor de jornalismo da City University de Londres, lançou recentemente um livro, “Spike the gloom — journalism has a bright future”, em que reconhece que é um facto consumado que os jornais estão a desaparecer, devido a um processo evolutivo do jornalismo que já aconteceu noutras épocas, mas que a culpa não é da Internet.De acordo com o autor, a televisão foi responsável pelo desaparecimento de muito mais jornais.

Brock alerta ainda para o facto de, recorrentemente, se confundirem os jornais com o jornalismo que, para ele, são coisas distintas que não devem ser confundidas.

Fonte: paidContent

Imprensa nacional recua no primeiro semestre

JON S (CC BY 2.0)

JON S (CC BY 2.0)

De acordo com o boletim da APCT relativo ao primeiro semestre do ano, o cenário de recuo nas vendas, verificado na imprensa generalista e económica, mantém-se. Apesar de pouco significativas na generalidade dos títulos, as quebras do número de exemplares impressos vendidos por edição, face aos primeiros seis meses de 2012, são uma realidade.

Em sentido contrário caminham as edições online pagas, apesar de os números ainda estarem bastante longe de contribuir para que elas possam ser considerados uma forte alternativa às edições em papel.

Receitas da imprensa portuguesa devem cair 8%

zoetnet (CC BY 2.0)

zoetnet (CC BY 2.0)

O sector da imprensa deverá sofrer este ano uma nova quebra das receitas, desta vez de 8%, para 520 milhões de euros, de acordo com o estudo DBK divulgado pela Informa D&B.

“O forte retrocesso do investimento publicitário e a desfavorável conjuntura económica têm afectado negativamente o volume de negócio no sector da imprensa nos últimos anos”, refere o estudo, adiantando que a facturação tem vindo a fazer uma trajetória “descendente desde 2008, situando-se em 2012 à volta dos 565 milhões de euros”, menos 11% relativamente a 2011.

“Em 2013 manter-se-á o decréscimo de receitas, estimando-se uma quebra setorial de 8%”, para 520 milhões de euros, adianta.

No ano passado, o volume de negócios caiu tanto nos jornais (-11,5%) como nas revistas (-10,7%), para os 230 e 335 milhões de euros, respetivamente.

Em 2012, contavam-se 230 jornais e 335 revistas em Portugal.

“O número de empresas editoras de imprensa mantém uma tendência decrescente, em paralelo com o decréscimo do volume de negócio”, refere o estudo, adiantando uma diminuição do número de publicações editadas em papel entre 2004 (1.829) para 2011 (1.047).

As empresas de pequena diminuição são uma característica deste sector, com 90% com um número de trabalhadores inferior a 10%.

“No sector observa-se uma notável concentração empresarial, que tem crescido nos últimos exercícios, registando em 2011 nas cinco primeiras editoras uma quota de mercado acima de 40%”.

Fonte: Económico

Zero a Oito lança duas revistas infantis

revista-phineasferbA editora Zero a Oito vai lançar mais duas revistas infantis. A Phineas e Ferb e a Disney Junior.

A Phineas e Ferb, baseia-se na série emitida no Disney Channel e tem como alvo crianças a partir dos 7 anos.

A Disney Junior foi concebida para um público entre os 2 e os 7 anos, com jogos, actividades, e histórias.

A Zero a Oito era já responsável pela revistas Noddy (3-7 anos), Panda (3-8 anos) e Clube Winx (8-12 anos).

Fonte: Briefing

Vendas publicitárias da revista Vogue aumentam

cover_vogue_500Dados recentes provam que a crise na imprensa não é  generalizada. A revista Vogue, por exemplo, afirma-se como um título cada vez mais sólido e conseguiu vender 665 páginas de publicidade para a próxima edição de Setembro, o segundo número mais alto de sempre, graças ao investimento das empresas de moda, luxo e beleza.

Depois de ter batido no fundo em 2009, com apenas 447 páginas de publicidade, a revista tem vindo a recuperar lentamente.

É mais uma prova de que títulos dedicados a certos nichos de mercado poderão ter a sua sobrevivência garantida durante bastante mais tempo do que aquele que alguns observadores achavam ser possível.

Fonte: Marshable