De acordo com o El Pais, entre 2008 e 2013, já encerraram 284 meios de comunicação em Espanha. Os maior número de desaparecimentos verificou-se nas revistas (182 títulos) e nos jornais diários (31 títulos).
Fonte: El Pais
O jornal The Guardian lançou um jornal gratuito, “The Long Good Read”, que resulta de uma colecção de longas histórias do jornal.
Fonte: Nieman Journalism Lab
Dan Farber (CC BY-NC 2.0)
Perante a actual crise do modelo de negócio e a precisar de novas estratégias que se reflictam em lucro, a indústria dos jornais vê com bons olhos a compra do Washington Post pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos.
As expectativas de que Bezzos transforme o Washington Post num negócio viável vão muito além do próprio jornal. Há quem espere que, ao salvar o jornal, Bezos encontre a poção mágica que outros possam copiar.
Todavia, Jeff Bezos sabe que não há uma poção mágica e considera que há um longo caminho a percorrer para que o negócio volte a ser rentável: “Não há um mapa e desenhar um caminho para o futuro não vai ser fácil. Vamos ter de inventar, o que significa que vamos ter de experimentar.”
Fonte: Público
O diário satírico norte-americano The Onion deixará de ser publicado em papel, a partir de 12 de Dezembro.
O presidente do meio, Mike McAvoy, considera que o jornal impresso “já não é um negócio rentável”, e decidiu manter apenas a versão digital da publicação.
Desta forma, o The Onion chega ao fim de uma etapa iniciada em 1988.
Fonte: The Business Journal
Alguns analistas apontam a “imprensa de proximidade” como uma das soluções para o fim da crise da imprensa, mas a observação de casos particulares mostra que a realidade não é assim tão linear.
Em Espanha, El Correo de Andalucía, um título com 114 anos, está em riscos de desaparecer e são os próprios jornalistas que estão a tentar evitar a extinção do jornal.
Em França, a imprensa regional atravessa um período negro e, este ano, já encerraram dois jornais diários regionais: Le Pays e Dijonscope.
Fontes: El Correo de Andalucía e Rue89
O diário espanhol El Mundo iniciou uma revolução a todos os níveis, com especial incidência nas versões digitais. A direcção considera que esta transformação é “um terramoto dentro do tsunami”, que o coloca uns anos à frente da concorrência.
Um reputado membro da Real Academia Espanhola, Luis María Anson, afirma na sua coluna de opinião que “EL MUNDO é o primeiro periódico impresso espanhol que se instala no futuro”.
Fonte: El Mundo
Em entrevista à Reuters, o CEO do Financial Times afirma que o esforço que está a ser feito no desenvolvimento web não significa que a versão impressa vá desaparecer.
O jornal, em tom rosa salmão, tem já 125 anos e continuará a existir, de acordo com o CEO John Ridding.
“A ironia é que o formato impresso tem um futuro muito bom”, disse o executivo. A estratégia digital, em sua opinião, não é um passo para o fim da edição impressa .
Fonte: Reuters
De acordo com os mais recentes dados da Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT), as vendas de jornais em banca continuam a decair.
O Correio da Manhã continua a ser o mais vendido entre os jornais que são auditados pela APCT, o segundo lugar pertence ao semanário Expresso.
Entre os diários generalistas o que menos leitores perde é o Diário de Notícias. A maior quebra de vendas registou-se no semanário Sol.
Nos desportivos, o segmento continua a ser liderado pelo Record (A Bola não é auditado pela APCT), enquanto que nos económicos – um segmento que parecia conseguir resistir à crise, mas acabou por ceder à quebra nas vendas – o Jornal de Negócios é indicado como o líder, apesar de o OJE, que funciona num formato “low-cost”, ser o económico com mais tiragens.
Fonte: Correio da Manhã
Uma vez que a Newspaper Association of America parou de compilar os resultados trimestrais das empresas de jornais é necessário olhar para os relatórios das empresas públicas. A Gannett , que possui 81 jornais comunitários e o USA Today é, por si só, representativa.
Os resultados mostram que se verificaram perdas de publicidade de 5,3 por cento desde o início do ano , o que indica que a indústria voltará a perder mais de mil milhões de dólares em publicidade, em 2013.
O total de anúncios está a cair a uma taxa ligeiramente inferior (5,3%) em relação a 2012 (6,8%). As receitas provenientes dos anúncios digitais não serão suficientes para cobrir as perdas de impressão.
Os resultados indicam que, o negócio continua em declínio, mas não tão rápido como em períodos anteriores .
Para jornais e suas redações , os resultados do terceiro trimestre de 2013 indicam que 2014 será mais um ano em que terá de se trabalhar fazer com menos verbas.
Fonte: Poynter
quapan (CC BY 2.0)
Na Alemanha, as quebras publicitárias na imprensa estão a atingir os dois digitos, vários pontos acima do que acontece nos Estados Unidos. Dois dos principais jornais do país, sediados em Hamburgo e Berlim, acabam de ser vendidos pela maior editora de propriedade pública da Europa, Axel Springer. Os principais jornais discutem a questão de poderem vir a funcionar sem publicidade, confiando quase inteiramente nas receitas provenientes dos leitores.
Fonte: Nieman Journalism Lab