Arquivo mensal: Maio 2015

Experiências#5

ESEPJornal – um laboratório de experiências jornalísticas

ESEPJornalO ESEPJornal é um site jornalístico do curso de Jornalismo e Comunicação do Instituto Politécnico de Portalegre, criado em maio de 2002. Após 13 anos de existência, assume-se atualmente como uma plataforma transversal às várias unidades curriculares de jornalismo do curso, combinando vídeo, áudio, fotografia e texto, além de fazer uso de outras ferramentas online que caracterizam o ciberjornalismo. Com a criação do mestrado em Jornalismo, Comunicação e Cultura no IPP, há cinco anos, o ESEPJornal passou a integrar também alguns dos trabalhos realizados pelos mestrandos.

O ESEPJornal pretende recriar um ambiente de redação na sala de aula. A “redação” está dividida por secções temáticas (Ambiente, Local, Ensino, Sociedade, Cultura e Desporto) cada uma coordenada por um aluno. A coordenação final e revisão dos trabalhos está a cargo, como é natural, dos professores de jornalismo. Embora a realização de trabalhos jornalísticos não esteja vedada a qualquer área, são privilegiadas temáticas locais que os alunos possam realizar com a sua presença no terreno. Os conteúdos do ESEPJornal são partilhados nas redes sociais (Twitter e Facebook) e outras plataformas digitais (Podomatic, You Tube, AudioBoo e Slideshare).

Os temas que são alvo de cobertura noticiosa resultam da escolha individual dos próprios alunos, que propõem trabalhos aos docentes de jornalismo e os comunicam aos editores das respectivas secções em reuniões próprias para o efeito.

Como se trata de um site alimentado com os trabalhos práticos realizados pelos alunos nas Unidades Curriculares do curso, o ESEPJornal é atualizado regularmente durante as aulas contudo, fora dos períodos letivos, a publicação de conteúdos é muito reduzida.

O ESEPJornal pretende, assim, constituir-se como um espaço para a publicação de trabalhos jornalísticos realizados no curso seguindo um caminho de convergência de linguagens e motivando a experiência de elaboração dos vários géneros jornalísticos: notícia, reportagem, entrevista, entre outros.

Luís Bonixe e Sónia Lamy | IPPortalegre

Números#4

Cursos de Comunicação/Jornalismo
Critério de seleção: UC de Jornalismo

69HEm Portugal, a via académica de acesso ao jornalismo faz-se, preferencialmente, pela porta da comunicação. Vinte e cinco dos 27 cursos atualmente existentes afirmam essa via de acesso na sua denominação. Apenas dois, Universidade de Coimbra e Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa, escapam a essa tendência, optando pela afirmação da classificação mais focada – Jornalismo.

A seleção destes 27 cursos obedece a dois critérios. As licenciaturas em causa enunciam, nos objetivos, uma aproximação à profissão de jornalista e, em cada um dos 27 planos curriculares, são oferecidas unidades curriculares diretamente relacionadas com o jornalismo, nas suas diversas componentes – ação profissional, reflexão ou ambas. Nesta matéria há situações muito diversas, variando o número de UC de jornalismo entre 23 (num curso de Jornalismo) e a existência de apenas UC de opção.

Estes dados suscitam-nos algumas reflexões: será que, quando se fala de formação superior em jornalismo, devemos considerar um critério mínimo para a elaboração de um plano de estudos? Até que ponto é que um curso sem UC (obrigatórias) de jornalismo poderá caber no grupo dos projetos de ensino que formam futuros jornalistas?

A verdade é que um critério diferente do que adotámos antes faz variar as contas, de 29 para 27 cursos com formação em jornalismo. Parece-nos que estas são questões que devem integrar a agenda de um futuro (e necessário) debate.

Trabalhos#5

Jornalismo vs Propaganda: debater o jornalismo “especializado”

Três meses e meio depois de ter começado um trabalho de investigação sobre a TAP, a SIC fez um esforço para acrescentar informação ao debate sobre a situação da transportadora aérea portuguesa. Em dois trabalhos jornalísticos de investigação (aqui e aqui) foi apresentada a base da ruína da TAP; uma base que ultrapassa a espuma das acusações entre governo, administração e sindicato dos pilotos e que se fixa nas opções de gestão que conduziram a empresa à situação de fragilidade financeira em que hoje se encontra.

Este trabalho tentou alertar para o excesso de informação por filtrar, contaminada pelos profissionais de comunicação que, interna e externamente, prestam assessoria à administração da TAP. Nos primeiros dias de maio, na sequência da greve dos pilotos, a opinião pública foi intoxicada pela versão da empresa que, omitindo a crise de liquidez a que chegara, tentava colocar o ónus da situação na classe profissional que decretara a paragem de dez dias. O sindicato dos pilotos, sem estratégia de comunicação que amparasse a decisão de manter a greve, viu-se literalmente engolido pela versão única emitida pela TAP.

Para esta situação em muito contribuiram os jornalistas que acompanham o fluxo informativo diariamente emitido pela companhia aérea. Sem qualquer questionamento, sem que sobre a informação veiculada fosse exercida a necessária ação de verificação, esses jornalistas “especializados” contribuiram decisivamente para que a verdade da TAP se sobrepusesse à verdade dos números. Estas duas reportagens, feitas por um jornalista generalista, mas ancoradas no princípio metodológico da investigação jornalística, transportou para a opinião pública dados que a estratégia de comunicação da TAP conseguira, até à data, encobrir. Este exercício jornalístico tem alimentado em mim a dúvida sobre a cobertura de assuntos polémicos por jornalistas especialmente próximos do objeto. Julgo que o enquadramento da especialização jornalística é debate que a academia e o mundo profissional deveriam, rapidamente, promover.

Pedro Coelho | UNovaLisboa | SIC

Opiniões#14

1) Que vantagens vê numa formação académica em Jornalismo/Comunicação para o exercício da profissão de jornalista?

A minha experiência no jornalismo, no desempenho de actividades próprias de um jornalista, é manifestamente escassa. Ainda assim, não sinto qualquer dificuldade em identificar os momentos mais impressivos da minha breve passagem pela profissão. Cerca de dois anos e meio após a última notícia que escrevi, o que mais recordo são os constantes questionamentos que surgiram após cada trabalho, cada opção, e não um qualquer conteúdo em particular.

Depois de criada uma notícia, chegava invariavelmente o momento de teorizar um pouco, de avaliar o trabalho efectuado, de ponderar alternativas, futuras abordagens, de questionar regras e procedimentos implícitos, aqueles que são comungados apenas pelo hábito e tradição. Umas vezes fiquei satisfeito com o que fiz, outras com os ensinamentos originados pelas conversas com colegas e pelos meus próprios erros. Ora, estas ‘satisfações’ não surgiram por um qualquer domínio de uma dada técnica. Na sua origem estão momentos de reflexão, de maior ou menor qualidade e abrangência. E para a existência desses períodos em muito contribuiu o meu percurso académico.

Há quase dez anos li pela primeira vez uma frase que logo me intrigou, mas que só algum tempo depois, na universidade, fez verdadeiramente sentido. Ainda assim, fiquei com ela na memória desde início. Em As Intermitências da Morte, José Saramago escreveu “com as palavras todo o cuidado é pouco, mudam de opinião como as pessoas”. Ora, foi a frequência de uma licenciatura em Ciências da Comunicação que me consciencializou para a não transparência da comunicação, que me permitiu perceber um pouco melhor a citação referida. O que geramos não é inócuo, o que escolhemos nunca resulta em um sacrossanta objectividade, o que deixamos de fora continua a existir, por muito que os conteúdos não o retratem. Não existe uma qualquer bala mágica cuja cápsula incorpore tudo o que queremos dizer e que seja capaz de passar uma mensagem intocada e intocável aos outros e pelos outros. No fundo, a minha formação académica alertou-me para a comunicação enquanto sistema complexo, com muitas partes em interacção, o que destruiu a ilusão da transparência do que comunicamos. Acredito que só na existência desta capacitação pela formação académica (como aconteceu na que tive) se pode falar de uma “vantagem competitiva sustentável” do ensino universitário em Jornalismo/Comunicação, dentro das Ciências Sociais.

2) Que resposta deve a formação académica dar aos efeitos da associação do mercado e das novas tecnologias ao jornalismo?

A formação jornalistas vive com paradoxo de ter de formar gente para um mercado de trabalho, mas gente que terá de ter ‘alma’ (ou parte dela) de profissional independente. Esta contradição não é da formação académica, é da profissão. Se se mantiver na academia, não havendo uma redução do ensino àquilo que o mercado de trabalho dita, já será um feito considerável, dado o contexto vivido.

Quanto às tecnologias, tendo em conta a velocidade com que mudam, parece-me simplesmente prudente não afunilar a formação. Assim sendo, acredito ser mais importante abrir horizontes do que apostar todas as fichas num único caminho.

3) Defende uma formação sobretudo técnica (estudo e prática da técnica profissional) ou alicerçada numa componente mais reflexiva (estudo do Jornalismo integrado no universo mais vasto da Comunicação)? Porquê?

Como avancei na primeira resposta, defendo uma formação universitária centrada numa componente eminentemente reflexiva, sem descurar a técnica, até porque esta pode e deve gerar reflexão (enquanto aluno não defendia esta ordem, dada a ânsia em avançar para o terreno, independentemente da preparação). A chave desta posição está no local onde decorre a formação: se é na universidade, parece-me redutor limitar a formação superior àquilo que cursos profissionais ou simples workshops já oferecem, ou seja, o ensino da técnica. Os grandes desafios que os jornalistas enfrentam não se prendem com a redacção do lead (ou de uma narrativa multimédia). São mais complexos, são frequentemente morais/éticos, implicando interrogações permanentes. Daí que uma formação para a reflexão seja crucial, pois facilita, em teoria, a existência e amplitude desta.

4) Que ligação deve existir entre a academia (cursos de Jornalismo/Comunicação) e a profissão, durante o período lectivo e na fase de estágio?

Nessas como noutras fases, a troca de experiências e opiniões constante parece-me ser um propósito saudável. Se a academia beneficia das questões levantadas pela prática do jornalismo, o jornalismo aplicado beneficia do tempo que a academia teve para reflectir. Tempo que muitas vezes não existe numa profissão muitas vezes obcecada pelas notícias de última hora. O período de estágio é, ainda assim, um momento especial, já que um formando da academia está numa redacção. Novamente, a troca de impressões regulares parece-me ser fundamental.

Pedro Moura | UMinho

Experiências#4

UALMedia – uma redação/laboratório de convergência digital

ualmediaO UALMedia (http://www.ualmedia.pt) é uma plataforma multimédia dos alunos de Ciências da Comunicação da Universidade Autónoma de Lisboa. A plataforma assume-se como um ambiente de newsroom nas vertentes de televisão, rádio e online que permite desenvolver competências de trabalho em redação de convergência multimédia. As áreas de publicidade e marketing são também asseguradas pelos estudantes.

O UALMedia tem cinco anos de existência e a sua equipa é composta por alunos voluntários (dos quais dois são alunos-editores) que diariamente alimentam o site com conteúdos diversos, com o apoio de um conjunto de docentes e profissionais da área. Numa reunião semanal é distribuída a agenda, que privilegia o trabalho de campo e o desenvolvimento de produtos de convergência. O breaking news é conjugado com a distribuição integrada nas redes sociais.

A aprendizagem e autonomia dos alunos é resultado de um trabalho de proximidade com os profissionais que dão apoio à plataforma, resultando num processo de trabalho contínuo e integrado. Os alunos passam por todas as secções e áreas técnicas da plataforma. A estrutura da redação estimula a aprendizagem prática em ambiente de trabalho real, possibilitando aos alunos adquirir experiência e rotinas profissionais.

O trabalho começa logo depois das aulas. E todos os dias, inclusive fora dos períodos letivos (o que inclui férias, Dia de Natal, Ano Novo, etc.), são publicados conteúdos no site e nas redes sociais. A edição é partilhada entre profissionais e alunos-editores. O trabalho é igual ao de uma redação “convencional”: do take da Lusa à conferência de imprensa, passando pela reportagem e a edição técnica (áudio, vídeo ou multimédia), a cobertura de eventos em quase tempo real ou em direto, e a atualização e gestão das redes sociais.

O UALMedia é essencialmente uma redação de convergência digital e um espaço de laboratório que, para além de funcionar como uma excelente ponte para o mercado de trabalho, dá também aos alunos a oportunidade de experimentar diferentes áreas da Comunicação e de criar o seu próprio portefólio. A integração na estrutura curricular dos cursos de Licenciatura em Ciências da Comunicação e Mestrado em Comunicação Aplicada é também uma aposta que permite que os estudantes produzam conteúdos noticiosos em diferentes registos e os distribuam na rede através desta plataforma.

Inês Amaral | UAutónomaLisboa | ISMiguel Torga

Opiniões#13

A formação académica em Jornalismo/Comunicação é essencial para o exercício da profissão. A articulação entre uma formação teórica sólida combinada com a componente prática tem de ser a base para os futuros jornalistas. Naturalmente que o cruzamento com outras áreas do saber não deve ser esquecido. E as Ciências da Comunicação são, por excelência, um campo interdisciplinar que problematiza de forma integrada os desafios que se colocam ao Jornalismo. Numa era em que a instantaneidade e a mobilidade dominam uma cada vez mais complexa sociedade, é impossível pensar a formação do Jornalismo meramente técnica ou desgarrada do complexo universo da Comunicação.

É hoje utópico pensar o ensino do Jornalismo/Comunicação sem a tecnologia. Excluindo obviamente um determinismo tecnicista, não concebo o ensino do Jornalismo/Comunicação sem recurso às novas tecnologias de uma forma integrada, tanto no domínio prático como no teórico. A utilização da tecnologia não é apenas uma exigência do mercado. É uma exigência global que nos permite expandir o conhecimento e a técnica da sala de aula para a rede e vice-versa.

Assumindo que as fronteiras entre a produção e a recepção são cada vez mais ténues, a universidade serve para dar aos futuros jornalistas uma sólida base prática que permitirá o exercício da profissão. Mas não há prática sem teoria. É impossível que a prática não reflita as bases fundamentais do Jornalismo. A universidade é, por excelência, um espaço de conhecimento. E é na universidade que os futuros jornalistas devem refletir de forma interdisciplinar sobre a sua futura profissão e o seu vasto contexto.

Há (ainda) quem defenda que a formação de um jornalista deve passar por outras áreas do saber. Na minha perspetiva, uma especialização noutra área será sempre complementar a uma formação de base em Jornalismo/Comunicação. A “tarimba” é importante e será sempre importante. Mas não substitui a formação. Teremos sempre os argumentos de que “antes era de outra forma”. Sem dúvida que sim. Não existia formação em Comunicação e as redações foram a formação de muitos jornalistas que, felizmente, reconheceram a importância da universidade e são hoje professores.

Nos tempos da faculdade, um professor (e jornalista) dizia-nos muitas vezes que não se ensinava a fazer Jornalismo mas a pensar sobre o Jornalismo e como fazer Jornalismo. Não tenho nenhuma dúvida de que é esse é o papel da universidade. Fornecer ferramentas para uma formação sólida que permita a simulação da prática de forma reflectida e problematizada.

As exigências do mercado de trabalho implicam a integração da prática simulada na formação académica. A integração num mercado de trabalho competitivo implica que os futuros jornalistas sejam capazes de se adaptar a um sector que está em permanente mutação. A universidade tem de ser capaz de dar uma resposta objetiva a estas exigências através de unidades curriculares práticas que potenciem a aquisição de experiência e competências em ambiente de trabalho simulado. No entanto, e porque o contexto de formação assim o permite, os laboratórios devem promover uma prática reflexiva da teoria. A formação académica em Jornalismo/Comunicação deve combinar a formação prática avançada com uma reflexão aprofundada sobre processos, conteúdos e produtos jornalísticos.

A articulação entre a Academia e a profissão parecem-me um requisito da formação em Jornalismo/Comunicação. Esta ligação pode e deve acontecer pela integração de profissionais no corpo docente, desenvolvimento de atividades curriculares com meios de comunicação social, assim como pela promoção de estágios extracurriculares. Considero que os estágios curriculares devem ser repensados. A inserção no contexto profissional não pode ser feita apenas em três meses, pelo que me parece absolutamente essencial que a formação prática dos futuros jornalistas seja complementada neste período. O estágio não pode ser o primeiro contacto com a prática. De forma alguma. Neste sentido, julgo que o estágio curricular deve ser mais um passo na formação dos jornalistas, dando continuidade a uma formação sólida.

Inês Amaral | UMinho | UAutónomaLisboa | ISMiguelTorga

Gil Ferreira
Director Curso Comunicação Social ESEC
Investigador Sociologia da Comunicação

GF preconiza uma colaboração estreita entre academia e mundo profissional porque ambas as entidades devem buscar o mesmo objetivo: a qualidade da ação profissional quotidiana. O docente-investigador enaltece as vantagens da formação específica para o exercício da profissão. Ler mais

Mais que formar um indivíduo tecnicamente competente, a academia formará indivíduos habilitados com competências para atribuir sentido (social, político, cultural) à sua acção, e ao mesmo tempo mais preparados para interpretar o vasto sistema (profissional, social, económico, político…) em que actuam e que lhe  constrangem os movimentos.

 

Maria Miguel Cabo
Jornalista SIC
Licenciada em CC pela UNL e Mestre pela ULHT

MMC regista a necessidade de existir uma complementaridade entre a academia e o mundo profissional. A jornalista reclama uma absorção, nas redações, da dinâmica académica. Ler mais

 A ausência de diálogo e reflexão, que tantas vezes impera nas próprias redações, deve ser combatida entre os profissionais e promovida junto dos alunos. Nesse sentido, acredito que a interação entre a academia e as empresas só tem a ganhar. Os estágios finais são um exemplo, mas a promoção de colóquios, fóruns e colaborações durante o curso poderá ser igualmente benéfica para os futuros jornalistas.

Notícias#6

“How Journalism Schools are Adjusting to the Digital Age”

Por sugestão de Manuel Pinto,  chega-nos uma reflexão de Danny Funt, um estudante da Columbia University, no âmbito do projecto The Experiment (a primeira edição da Columbia Journalism Review feita por estudantes).  Trata-se de um texto sobre a forma como as escolas de jornalismo têm procurado adaptar os seus curricula à “revolução” digital e pode ser lido na íntegra aqui.

“The challenge for journalism programs has always been balancing lofty intellectual and civic ambitions—what students ought to learn—with what the industry will ask of them. A digital upending has disturbed that balance, and the role of nurturing writing craftsmanship at J-schools risks being sold short.”

 

Trabalhos#4

junhoFoi lançado em maio de 2014 o documentário “Junho – O Mês que Abalou o Brasil”, da Folha de São Paulo, que retrata os protestos de junho de 2013 no Brasil e a forma como os media lidaram com esse momento histórico do país. Assumindo como objetivo o desenvolvimento de uma perspectiva crítica sobre os enquadramentos mediáticos, optei por incluir este documentário nas minhas aulas. A partir dele, temos discutido as narrativas jornalísticas, as várias possibilidades da experiência pública e a redefinição de opinião pública na era do imediatismo, e a influência dos dispositivos tecnológicos de mediação simbólica na interligação dos media com a opinião pública.

Inês Amaral | UAutónomaLisboa | ISMiguelTorga

Notícias#5

“Tips for aspriring journalists”

Uma entrevista a Mindy McAdams, que nos chega por sugestão de Manuel Pinto. O texto completo pode ser lido aqui.

“In a journalism school, we can’t really show you the whole universe for each topic – for technology reporting and business reporting and health reporting. You find out by accident because of the job you get.”