“Tarde, cerca da meia-noite, guiado pela juventude
Que comanda os enamorados, ia ver a minha amante.
Completamente só, além do Loire, e passando por um desvio
Aproximando-me de uma grande cruz numa encruzilhada,
Oiço, parecia-me, uma caça cheia de latidos
De cães que me seguiam, passo a passo, o rastro;
Vi perto de mim, sobre um grande cavalo negro,
Um homem que só tinha os ossos, ao vê-lo,
Estende-me uma mão para me montar na garupa.”
(Ronsard, Pierre de (1524-1585), Oeuvres complètes de Pierre Ronsart, Paris, P. Janet,1857-1867, pp. 134-135. Tradução minha, AG).
O anúncio Horsepower, da Rail Safety, é um concentrado de símbolos e emoções. O galope é avassalador e imparável. Galopam os cavalos e galopa o anúncio. Galopam, ainda, o coração e a imaginação. O esquartejamento e barba sugerem as trevas medievais. As correntes metálicas e a carroçaria do comboio são frias e mortíferas. Os mitos associam os cavalos à morte, nomeadamente quando são negros como o cavalo que guia a manada. O final, em plena velocidade, sobressalta o espectador: um arrepio de quem sente passar a morte! Ameaçado entre potências, o ser humano descobre-se frágil como o viajante de Pierre Ronsart.
“Os cavalos da morte são, na maioria, negros, como Charos, Deus da morte dos Gregos modernos. Negros são também, na maioria das vezes, os corcéis da morte, cuja cavalgada infernal perseguiu durante muito tempo os viajantes perdidos, na França assim como em toda a cristandade (Chevalier, Jean & Gheerbrant, Alain, Dictionnaire des Symboles, Paris, Ed. Robert Laffont, 1969, p. 226).
Segundo Wolfgang Kayser, o grotesco radica no estranhamento. Numa situação familiar, sucede algo de insólito, que abala os nossos fundamentos e nos suspende no vazio. Mas nem sempre é o familiar que se desmorona perante o estranho. Às vezes, é o estranho que revela o familiar, como se o absurdo carecesse de um absurdo maior para se enxergar. Em suma, propõe-se um pequeno enxerto à teoria do grotesco de Wolfgang Kayser. O grotesco associa-se a um estranhamento do mundo familiar, consoante o conceito de unheimlich de Sigmund Freud, mas também pode estar associado a uma familiarização do estranho, a uma engrenagem do inesperado. O anúncio russo The Drowning constitui um bom exemplo deste grotesco familiar. No vídeo, carregue em CC e seleccione English.
Marca: Mainpeople. Título: The Drowning. Agência: Stereotatic. Direcção: Michael Lockshin. Rússia, Abril 2015.
“Todos morreram juntos, novos e velhos, fracos e fortes, doentes e sadios; não como pessoas, não como homens e mulheres, crianças e adultos, meninos e meninas, bons e maus, bonitos e feios – mas reduzidos ao mínimo denominador comum da simples vida biológica, mergulhados no mais negro e fundo abismo da igualdade primal, como gado, como matéria, como coisas sem corpo nem alma, nem mesmo uma fisionomia em que a morte pudesse imprimir seu selo “(Arendt, Hannah, Compreender: formação, exílio e totalitarismo. São Paulo, Companhia das Letras, 2008, p. 227).
Somos dados a reacções desproporcionadas. Um quase nada pode turbar-nos o horizonte. Livrai-nos dos arcanjos e dos anjos da guarda, que tão empenhados andam em nos salvar. Na publicidade, as figuras do arcanjo e do anjo da guarda estão no vento: fundações e institutos públicos zelam por nós, estes crónicos e imprudentes pré-cadáveres.
No Apocalipse do terceiro milénio, à Peste, à Guerra, à Fome e à Morte, acrescentam-se a soda, o álcool, o tabaco, o sexo e a obesidade. Multiplicam-se os estudos, os planos, as campanhas e as intervenções. Para nos salvar de nós próprios (expressão historicamente funesta ): diabéticos, fumadores, alcoólicos e outras categorias propensas à morte adiável. Uma morte mediaticamente anunciada. Os resultados permanecem, no entanto, escassos e frouxos. Mas não é por falta de recursos ou de argumentos públicos. Segue uma pequena amostra de alguns procedimentos característicos:
– litanias exemplares;
– imagens chocantes;
– o desrespeito da privacidade e da intimidade;
– a discriminação, a estigmatização e a culpabilização;
– “galerias de monstros”;
– a ostentação da miséria;
– a pedagogia do tétrico;
– a arbitrariedade transfigurada em chamamento e missão;
– a banalização da censura;
– a excepção por decreto;
– profecias fundamentadas (“uma morte lenta e dolorosa”);
– legitimação pela ciência e pela técnica;
– prenúncio da morte e cenários dantescos.
Em suma, a arte da lixívia na limpeza da vida, com os corpos dispostos em gráficos e tabelas. Estas tendências assépticas e disciplinares indiciam que as democracias não são imunes a delírios totalitários nem à suspensão cirúrgica da cidadania.
Anunciante: Center for Science in The Public Interest TV. Título: Change de Tune. Agência: Lumenati. USA, Junho 2015.
A fazer fé no anúncio Change the Tune, do CSPI TV (Center for Science in the Public Interest TV), no que respeita às bebidas com soda, chegou a hora de “mudar o disco”. Este anúncio, de 2015, assemelha-se ao anúncio Unsweetened Truth, da American Legacy Foundation / Truth, de 2011. Ambos os anúncios são bem concebidos e convocam testemunhos presenciais de vítimas, demarcando-se de anúncios de sensibilização que optam pela alegoria ou pela animação (por exemplo, as campanhas de prevenção da sida). A encenação das vítimas (desfile com coro) corre o risco de transformar pessoas reais em bonecos imaginados. Georg Simmel e György Lukacs chamam reificação a este fenómeno. Numa sociedade de espectáculo global, também se pode chamar, com alguma irreverência, muppetsation. Os “corpos sem alma”, mais do que noções de Hannah Arendt, Michel Foucault ou Giorgio Agamben, são realidades consubstanciadas em práticas massivas.
Anunciante: America Legacy Foundation/Truth. Título: Unsweetened Truth, Agência: Arnold, Boston. Direcção: Baker Smith. USA, Março 2011.
“Só a morte nos reúne” podia ser refrão de uma dança macabra medieval. Mas não! É actual. Só a morte nos reúne quando a vida nos separa. Com ou sem compressão do espaço e do tempo. Com ou sem comunicação multimédia. Com ou sem próteses. Com ou sem liquidez. Com ou sem hiper realidade. Com ou sem tribos. O mundo da vida, o mundo de cada um, não se encolheu, aumentou. E nós perdemo-nos em tamanha imensidão! Neste tempo de laços, afectos, sentimentos e emoções, “só a morte nos reúne” é um aforismo do misto de desencontro e urgência que preside ao nosso modo de estar na vida.
Marca: Edeka. Título: HeimKommen. Agência: Jung von Matt (Hamburg). Direcção: Alex Feil. Alemanha, Novembro 2015.
Neste tempo em que a inteligência anda tão estúpida, urge recuperar a sabedoria. “A sisudez é a armadura dos parvos” (Montesquieu).
Descobertos no norte de Itália, em Mântua, os Amantes de Valdaro são um caso raro de esqueletos adultos abraçados. Se não fosse um anacronismo, diria que exalam um efeito de hiper-realidade. Apresentam-se, assim, despojados de carne, mais reais do que o real. Lembram Pompeia, essa Sodoma latina em que não é preciso olhar para trás para se ficar petrificado.
Há imagens de morte que arrepiam os neurónios e avariam a fé. Assinalam como é ténue e absurda a fronteira entre a vida e a morte: um campo de concentração, um acidente rodoviário, um atentado terrorista, uma catástrofe natural… No ano 79, as cinzas do Vesúvio sepultaram Pompeia e Herculano. As vítimas petrificadas parecem não ter completado a passagem. Ainda comunicam. Duas cidades enterradas vivas, cujas ruínas só foram descobertas cerca de 1 600 anos depois. Formas únicas, assombrosas. A tragédia da vida na dança da morte.
Os Pink Floyd são conhecidos pelas suas extravagâncias. As gravações ao vivo, em 1971, nas ruínas do Anfiteatro de Pompeia não constam entre as menores: o filme de um espectáculo sem público num palco improvável. Não obstante, a música dos Pink Floyd ecoa à perfeição nesta galeria de fantasmas sólidos (ver https://www.youtube.com/watch?v=Y9BQhmIShrg). Durante séculos, os pintores tentaram, em vão, fixar na tela o momento da morte. O Vesúvio conseguiu esculpi-lo, em poucos minutos.
“[Os jovens que fazem piercings e tatuagens] procuram “autonomizar-se” do olhar dos pais. Têm o sentimento de não ser eles próprios, mas uma espécie de bem que pertence aos pais. Daqui esta frase repetida inúmeras vezes: “Eu reapropriei-me do meu corpo”, como se o corpo lhes tivesse sido roubado a um ou outro momento. Ao nível simbólico, o facto de fazer uma tatuagem ou um piercing é uma maneira, para o jovem, de assinar o seu corpo, uma maneira de dizer que é só dele” (David Le Breton, “Les jeunes prennent leur autonomie par le piercing”, jornal Le Monde, 25 de Março de 2004).
02. Danse Macabre by Cash at Addicted to Ink in White Plains, NY.
Há três fenómenos culturais que vieram ao arrepio das minhas expectativas teóricas. As tatuagens, os piercings e a moda da barba apanharam-me desprevenido. Centram-se no corpo: marcam-no e demarcam-no, mas não para o polir ou isolar. Configuram “sinais de identidade”, introduzindo uma nova modalidade de semiose social.
Seleccionei cinco tatuagens, góticas, alusivas à morte. As duas primeiras copiam, literalmente, as danças macabras do séc. XV.
A terceira, lembra, no traço, A Noiva-cadáver de Tim Burton e, na postura, o Zé Povinho de Rafael Bordalo Pinheiro.
Na quarta, a caveira aparece tatuada na parte do corpo mais apropriada: a cabeça.
A quinta tatuagem apresenta um espelho da morte, tema recorrente nas imagens medievais e barrocas (Michel Vovelle, “A História dos homens no espelho da morte”, in Herman Braet & Wermer Verbeke (eds), A Morte na Idade Média, S. Paulo, Edusp, 1996, pp. 11-26). O corpo assume-se como suporte do espelho da morte.
Por último, depois do espelho da morte, termino com a vanitas nos lábios de uma tatuagem. Original. Uma versão contemporânea do beijo da morte?
Pois é impreterível que este corpo que perece se revista de incorruptibilidade, e o que é mortal, se revista de imortalidade. No momento em que este corpo perecível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, for revestido de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “Devorada, pois, foi a morte pela vitória!” “Onde está, ó Morte, a tua vitória? Onde está, ó Morte, o teu aguilhão?” (Coríntios 15).
O Ocidente teve sempre dificuldade em lidar com a morte. A crença na ressurreição e na fonte da juventude é um sintoma. O regresso e o adiamento. Os anúncios de Marcel Burgos, da Acciona e da PlayStation 3, convocam esta fé angustiada.
O anúncio Re alude ao renascimento e à ressurreição. Um Big Bang à escala humana. Menos Frankenstein, costurado com pedaços alheios, e mais Osíris, assassinado por Seth. Ísis, a esposa, recolhe o corpo despedaçado e devolve a vida a Osíris.
O anúncio Victor lembra o Oskar, o menino que recusa crescer, do filme O Tambor (1979), uma adaptação do livro homónimo de Gunter Grass (1959). Lembra, também, as pinturas da fonte da juventude, como a de Lucas Cranach O Velho (ver http://tendimag.com/2013/10/10/a-fonte-da-juventude/). Forçando um pouco, no Retrato de Dorian Gray (1891), de Oscar Wilde, o envelhecimento é suspenso ou, melhor, deslocado.
Marca: PlayStation 3. Título: Victor. Agência: Del Campo Nazca Saatchi & Saatchi (Buenos Aires). Direcção: Marcel Burgos. Argentina, 2011.
A morte e a loucura, se não andam de braço dado, andam, frequentemente, de mãos dadas. Ao nível do imaginário, naturalmente. Na dança macabra alemã, do séc. XVI (Figura 1), o louco não dá, contra o costume, a mão à morte. As demais figuras dão a mão a dois esqueletos, um de cada lado da fila de dança. Exceptuando o homem de armas que, em vez de dar a mão direita à morte, a dá ao louco. O louco não dá nenhuma mão à morte, nem a direita, nem a esquerda. É o primeiro da fila, visivelmente, a contracorrente. Como compreender este estatuto excepcional? Poderá o louco ocupar o lugar da morte? Em determinadas circunstâncias, até parecem intermutáveis. Acresce que a posição do louco nesta dança macabra não é um caso isolado: na Dança e Canção da Morte, publicada por John Audelay, em 1569 (Figura 2), o louco é apresentado numa situação similar: no início da fila, sem dar a mão à morte.
A figura do louco é caracterizada pela liminaridade. Marginal, nem aqui, nem além, num rodopio excêntrico, sem pouso nem sentido fixos, a “nave dos loucos” não tem cais onde arrimar, nem destino a cumprir. Os territórios baralham-se, mesmo na última travessia, a da hora da morte.
“Voltando, pois, à felicidade dos loucos, devo dizer que eles levam uma vida muito divertida e depois, sem temer nem sentir a morte, voam direitinho para os Campos Elísios, onde as suas piedosas e fadigadas almazinhas continuam a divertir-se ainda melhor do que antes” (Erasmo, Elogio da Loucura).
“Sem temer nem sentir a morte”, os loucos não têm barca nem trânsito predefinidos. Como o parvo do Auto da Barca do Inferno, peça de Gil Vicente que lembra as danças da morte.
Esta ligação entre o louco e a morte aparece em muitas imagens. O louco e a morte envolvem-se, por vezes, numa luta grotesca (Figura 3), como na letra R do Alfabeto da Dança da Morte, de Hans Holbein (1523). Escusado será dizer que só um louco ousa lutar com a morte. Noutros casos, a morte adopta a roupa e os adereços típicos dos loucos (bobos). Na Dança da Morte de Heinrich Knoblochtzer (c.1488), a morte, trajada de louco, dá a mão a um capelão (Figura 4). Esta figura da morte travestida em louco repete-se na Dança da Morte de Wilhelm Werner von Zimmern (c. 1600), com a morte a conduzir um franciscano, bem como na gravura A Mulher e a Morte de Hans Sebald Beham (1541), em que a morte, trajada como um louco, incluindo o bastão de ar, abraça uma donzela (Figura 5).
Será esta ligação entre a loucura e a morte exclusivo da fantasia medieval? Talvez não. Hugo von Hofmannsthal escreve, em 1893, a peça dramática O Louco e a Morte. Raul Brandão retoma o título numa farsa publicada em 1923: O Doido e a Morte. Eis a sinopse:
“O Governador Civil, Baltazar Moscoso, dramaturgo frustrado, tenta escrever mais uma das suas peças medíocres. O contínuo Nunes avisa-o que o Senhor Milhões o vem visitar com uma carta de recomendação do ministro. Ao ser recebido, o Senhor Milhões liga a campainha eléctrica da secretária a uma caixa que transporta consigo, comunicando que acaba de activar uma bomba, a qual rebentará daí a vinte minutos. Perante o desespero do Governador Civil que se vê abandonado por todos, inclusive a sua mulher, D. Ana, o Senhor Milhões faz a crítica demolidora das convenções sociais e a defesa de um sentido último para a Vida; o próprio Governador Civil admite ter sido a sua uma mentira. E, na iminência da explosão, chegam dois enfermeiros, que vêm buscar o Senhor Milhões, o doido. Afinal, a bomba era apenas algodão em rama e não o temido peróxido de azoto, o que leva o Governador Civil a soltar um palavrão entre a raiva e o alívio” (O Doido e a Morte, Edições Colibri).
À semelhança do Auto da Barca do Inferno, O Doido e a Morte, de Raul Brandão, bebe na matriz das danças macabras. A vítima é reduzida à sua condição miserável, não pela morte, mas por um louco. A arte de desmascarar tanto está associada à morte como à loucura. É, talvez, o atributo mais temível do bobo da corte.
A modernidade encerra, no entanto, alguma particularidade. Com tanta razão, tanto espírito positivo, tanta promessa de salvação, tanto juízo, a morte descompensou. Para além de vestir a roupa do louco, a morte, ela própria, endoideceu. Encontramo-la assim, louca, nos quadros de James Ensor (Figuras 6 e 7), Otto Dix e George Grosz. A morte anda à solta, mais maluca do que nunca: zombies, Halloween, death metal, Tim Burton… Para nossa perdição no “julgamento das almas” que se avizinha. Conduzidos por um louco ou por um esqueleto, estamos condenados a caminhar para a morte, sem nos enganar no caminho.
Existem dois livros notáveis sobre a história do tratamento da loucura no Ocidente: a História da Loucura, de Michel Foucault, e L’Ordre Psychiatrique, de Robert Castel.
No vídeo O Desconcerto do Mundo, os primeiros minutos são preenchidos com imagens de danças macabras, acompanhadas com uma canção sobre o Triunfo da Morte. Está acessível no seguinte endereço:http://tendimag.com/?s=desconcerto+do+mundo.
No dia 20 de novembro de 2015 Moisés de Lemos Martins esteve na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em Belo Horizonte, para encerrar o Seminário “Os Sentidos da Morte”.
Este é o segundo ano consecutivo em que o professor e investigador da Universidade do Minho (UM) se desloca a Belo Horizonte a convite do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFMG, que mantém com a UM uma parceria na realização do projecto de investigação “O Fluxo e a Morte”.
O segundo dia deste seminário, que marca o último ano de duração do projecto, teve duas mesas temáticas antes da de encerramento.
A primeira mesa temática do seminário neste dia foi dedicada a “A Morte e as suas Vítimas” e teve a participação de Carlos Mendonça, Juliana Soares, Ângela Marques, e Carlos Brito e Melo, todos da UFMG, e Angie Biondi, da Universidade Tuiuti do Paraná.
Maria Gislene Carvalho e Bruno Martins, ambos da UFMG, constituíram a última mesa temática do seminário, intitulada “Impressos da Morte”.
A mesa de encerramento foi composta por Paulo Bernardo Vaz e por Moisés Martins, coordenadores do projecto “O Fluxo e a Morte” pela UFMG e pela UM, respectivamente.
Nos dias 19 e 20 de novembro de 2015 realizou-se, na Faculdade de Filosofia e de Ciências Humanas da Universidade Federal de Belo Horizonte, o Seminário ‘Os Sentidos da Morte’.
Este seminário resulta de um projecto de investigação sobre a morte e os média desenvolvido em parceria pela Universidade do Minho e pela Universidade Federal de Belo Horizonte.
No primeiro dia, o evento organizou-se em duas mesas temáticas.
A Mesa 1 – ‘Morte e Notícia’ foi de dedicada à morte de figuras públicas como acontecimento mediático e sua relação com a publicidade. A mesa teve comunicações de Paula Andrade (UFMG), Ana Melo e Sandra Marinho (CECS/UM), Rafael José Azevedo (UFMG), e Samuel Andrade (UFMG).
A Mesa 2 – ‘A Morte Incômoda’ disse respeito às representações e configurações de morte e de sofrimento em séries televisivas policiais (Felipe Borges – UFMG) e em atrações turísticas (Belmira Coutinho – UA/CECS/UM).